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TOMBAMENTO
Iphan aprova expansão do tombamento do Conjunto Urbano-Paisagístico e Unidades Fabris de Petrópolis (RJ)
Foto: Acervo Iphan
O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) aprovou, nesta terça-feira (25/11), a rerratificação do tombamento da “Avenida Koeler: Conjunto Urbano-Paisagístico”, que passará a se intitular “Conjunto Urbano-Paisagístico e Unidades Fabris de Petrópolis”. A decisão amplia e atualiza o reconhecimento dos valores históricos e paisagísticos da Cidade Imperial, resultando na expansão da área tombada e na adoção de uma abordagem mais abrangente de preservação.
Os objetivos da proposta de rerratificação são propor uma nova delimitação da área tombada, a partir da caracterização de seus valores paisagísticos e atributos culturais, e estabelecer diretrizes e objetivos de preservação para o bem cultural. Com a revisão, a área protegida passa a ser maior do que a anterior, incorporando a antiga área de entorno e integrando novos elementos urbanos e naturais ao conjunto tombado.
“Na comparação entre a situação atual e a proposta apresentada, a ampliação da área tombada consolida a relevância do trecho que já estava sob a jurisdição do Iphan, deixando de ser mera área de entorno para se tornar o próprio valor preservado. Além disso, é importante destacar que nenhum imóvel tombado foi suprimido nesta revisão”, disse a conselheira relatora do processo, Tânia Nunes Galvão Verri.
Entre os principais acréscimos estão as encostas cobertas por Mata Atlântica, agora reconhecidas como parte essencial do patrimônio cultural de Petrópolis, e componentes do Complexo Fabril de Cascatinha, como a chaminé, os pavilhões fabris, a estação ferroviária, a usina e as pontes históricas. A Vila Operária da antiga Fábrica de Tecidos Cometa também teve seu tombamento ampliado, passando a compreender, além da Rua Padre Feijó, a Rua Coronel Batista, enquanto as Casas Djanira, Ana Mayworn e da Rua Cardoso Fontes foram redefinidas, com limites de preservação mais precisos.
Durante a reunião, ficou definida ainda a permanência dos trechos dos rios no tombamento. Assim, a revisão adequa a proteção ao contexto urbano atual e representa uma mudança significativa na forma de compreender o Conjunto Urbano-Paisagístico e Unidades Fabris de Petrópolis, ao adotar uma visão integrada do território e da paisagem, em vez de restringir o tombamento a elementos isolados.
“A rerratificação atualiza e aperfeiçoa os instrumentos de preservação do Iphan, permitindo que Petrópolis continue sendo tratada com o cuidado que sua relevância histórica exige. Este ato reforça nosso compromisso com uma atuação transparente, técnica e alinhada às necessidades contemporâneas da cidade”, avaliou a superintendente do Iphan no Rio de Janeiro, Patricia Wanzeller.
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Assessoria de Comunicação Iphan - comunicacao@iphan.gov.br
Ana Carla Pereira – carla.pereira@iphan.gov.br